quarta-feira, 15 de junho de 2011

Analogias no Central Park

Logo no meu primeiro dia eu corri pro Central Park, é imenso, lindo, oponente, e seguro para se andar durante o dia nao tive nenhum tipo de problema...
Lá eu vi muita variedade de plantas, esquilos tão bonitos e fofinhos que dá vontade de trazer pra casa, fontes numerosas, variadas e que trazem uma beleza vitoriana ao local...
Andei o dia todo por lá, as vezes parando para apreciar, outras para tirar fotos ou simplesmente para descansar, mas não pude deixar de pensar no meu comportamento perante a vida, ali naquele encontro de mim comigo mesma sentindo toda a liberdade que é possível, repensei em todos os sonhos que tenho, em meios para realiza-los, cheguei a conclusão que muitos dos meus sonhos estavam adormecidos dentro de mim por um longo tempo, pois devido a correria do dia-a-dia, tornei-me uma Boba menos sonhadora, menos empenhada em sonhos de longo prazo e realizando mais as coisas de momento... acabei dando atenção a necessidades muito básicas como: trabalhar, comer, estudar, dormir... e fazendo tudo isso não tem me sobrado muito tempo de sonhar, ter famíllia, filhos, casa, viagens, pessoas, quanto tempo tinha estado no piloto automático? impossivel dizer, 12 meses desde a ultima viagem? ou menos tempo no piloto automático, simplesmente nao me recordo, quanto tempo passei sendo dominada pela pressão de render no trabalho, de manter-se trabalhando, de me cuidar para saude e beleza pelo que os outros vão pensar se eu não estiver apresentável?
O fato é que depois um dia todo andando sozinha lá, me dei conta e me lembrei de muitos sonhos, de planos que fiz ainda criança com uma amiga, e que agora eu realizei sozinha. Minha amiga mudou os planos dela, casou, teve filhos, mudar os rumos também faz parte da vida pensei satisfeita, minha amiga está feliz... E eu estou feliz com o rumo da minha vida? Me dei conta que profissionalmente não estou, tenho a profissão que amo, e ocupo um cargo que não me preenche... enquanto que pessoalmente falando, algumas coisas simplesmente ainda nao aconteceram, falta de perseverança minha? Talvez, por que eu percebi que andava dando prioridades para coisas urgentes e não para as causas importantes realmente para mim... Sob outros aspectos pessoais muitas vitórias pra contar, satisfeita comigo mesma por completo, o que ainda não se realizou um novo tempo pra recomeçar...
No final do dia estava exausta, cheia de bolhas nos pés, mas acabei percebendo também aspectos interessantes da minha personalidade, toda vez que eu via uma ponte lá no Central Park, eu me recusava a passar por baixo, andava um pouco mais e mudava minha rota, mas quando eu via o outro lado depois da ponte (aquela ponte que eu me recusei a passar por baixo) eu me deparava com um lugar ainda mais bonito que o anterior... Não pude deixar de pensar quando foi que eu fiquei com medo do desconhecido, em que momento da minha vida, ao invés de me lançar "ao novo", passei a recuar e evitar passar por aquilo? Mesmo que eu tivesse que passar por um curto momento de escuridão embaixo da ponte, sem saber o que existia do outro lado, porque eu não pensara com sede de descobrir, curiosidade por saber o que existia do outro lado da ponte?
Será que é a vida que molda a gente? Ou somos nós quem nos deixamos moldar pela vida? A partir desse momento prestarei mais atenção se meus medos de "pontes" são reais, ou simplesmente me privo de uma linda paisagem simplesmente para nao ter um curto momento de "escuridão"...
Vida nova! Novos caminhos! Se lance ao novo Boba! E se depois da "ponte" ao invés uma linda paisagem, tiver um pantano horroroso, novas pontes virão sempre!
E é isso que desejo para todos... Dias Melhores pra Sempre!!!!

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