domingo, 7 de agosto de 2011

Tenho medo do Sucesso - Capítulo 1 - Parte 2

Levara o questionário para o coach, ele leria de lição de casa, não discutiria as respostas com ela
naquele momento, mas lhe fizera perguntas sobre a sua vida até ali, como fora o colégio, a faculdade e os trabalhos até ali.
Ela contou tudo que se lembrava, de ter tido uma infancia boa, de ser uma criança tímida, do relacionamento com os pais, com os amigos, e todas as situaçoes que a fizeram chegar até aquele escritório.
Inclusive contou como se questionara na ultima semana sobre tudo que conversaram.
Em dado momento disse a ele que não queria ser uma banana, queria ser uma cereja na vida, ele perguntou porque ela escolheu a cereja como exemplo, a principio ela se lembrou de um livro que dizia sobre clientes abacaxi e cereja.
E mais uma vez ele apontou certamente o motivo da comparação, as cerejas são colocadas em cima do bolo, elas não muitas, são poucas, e por isso ficam em evidencia.
Era isso que ela queria? Ser boa, rara e especial...
Dessa conversa ele foi arrancando um por um cada segredo dela, descobrindo coisas que somente os amigos proximos sabiam... e fazendo-a entender que o problema dela nunca fora timidez, era falta de confiança em si mesma, ela nunca apostava no potencial que tinha... mas tinha algo bom nisso tudo, era extremamente resiliente, ela tinha a capacidade de começar de novo quantas vezes fosse preciso, era capaz de se anular algumas vezes com uma capacidade de poucos por algo que ela acreditava, mas tinha a consciencia que retomar si mesma era não só necessário mas essencial... A vida havia lhe dado muitos presentes, não tinha sido uma daquelas pessoas com a vida extremamente dificil, mas ela lutava pela vida e por seus objetivos como se tivesse tido uma vida dessas cheias de dificuldades, soubera aproveitar os presentes da vida... Mas por saber no seu intimo que não tivera uma vida sofrida, também não se achava digna de glórias, embora fizesse por merece-las...
Mas para isso, sabia que teria um longo caminho, e mais uma tarefa foi dada a ela, descobrir suas principais qualidades, para isso disparou um e-mail para os amigos, perguntando 10 qualidades dela, explicando o trabalho, estava ansiosa por duas coisas, a primeira pra saber quais as qualidades eram possiveis de serem notadas pelos outros, e a segunda era que com certeza o proximo passo seria perguntar sobre os seus defeitos...
Aguardava pelas respostas como uma criança esperando pela noite de natal, o coach lhe disse que lhe faltava feedback na vida, não lhe deram feedbacks suficientes para ela saber o caminho a seguir, perguntou se alguma vez ela quebrou as regras, fez algo inusitado, ela se lembrou de inumeras situações, e o quanto tinha sido bom ser ela mesma, e imprevisivel por um tempo... de tudo que se lembrou naquele instante, ela contou a ele, do dia que ela e as amigas choraram de rir dentro do carro, pois ela simplesmente baixara o vidro e gritara pra algumas pessoas que estavam colhendo manga à beira da avenida, um ensurdecedor "Olha a mangaaaaaaa!". Era um comportamento comum, mas não tipico dela, não fora reprovada por ninguem e riram muito pelo susto.
Mas em sua cabeça fervilhavam muitas coisas: O dia que partiu para a australia sem confiar no seu ingles, de ter ido à casa de desconhecidos na australia, de ter feito amigos de muito longe, gente que poderia escrever um livro somente com alguns episodios de vida... quantos presentes ela tinha colhido na vida, seus pais que sempre fizeram de tudo por ela, uma família como poucos teem a oportunidade de ter, não em razões financeiras, mas em união, honestidade e valores...

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